terça-feira, 6 de agosto de 2013

PRESENTE AO CHAMADO! MARCHA CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO 22 DE AGOSTO DE 2013 LARGO DOS AFLITOS/ SALVADOR CONCENTRAÇÃO 15 HORA

Foto: MARCHA CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO
22 DE AGOSTO DE 2013
LARGO DOS AFLITOS/ SALVADOR
 CONCENTRAÇÃO 15 HORAS
Nós, povo negro baiano, organizados em várias agremiações, organizações, entidades e grupos políticos e religiosos, vindos de várias regiões do estado e de muitas cidades brasileiras, e, ainda, fortalecidos por representações internacionais, nós, homens, mulheres, jovens, crianças e idosos, vamos tomar a rua numa marcha contra o genocídio do povo negro.
Considerando que nossa situação de pobreza e exclusão é resultado de séculos de desigualdades e do racismo estrutural, que nos etiqueta como bandidos e criminosos a serem abatidos;
Considerando as altas taxas de homicídios, execuções sumárias e extrajudiciais e a brutalidade policial, além dos grupos de extermínio que atuam  contra nós negros e negras;
Considerando o encarceramento em massa dos negros e negras, os desrespeitos ao corpo das mulheres nas revistas vexatórias, o descaso no acesso a justiça;
Considerando  que a militarização do espaço territorial urbano onde vive as pessoas negras, com a promessa de se levar serviços públicos, tem levado o terror, o controle, numa abordagem que nos faz parecer inimigos internos do Estado brasileiro, nos fazendo sentir estrangeiros em nosso próprio país.  Considerando o projeto de segurança publica do Estado, O Pacto Pela Vida que não  nos considera humanos;
Considerando que a comunicação está atrelada a princípios e valores humanitários e os programas televisivos de cunho policial expõe nossa desgraça e reforça estereótipos racistas sobre negros e negras, justificando nosso extermínio cotidiano e tem um papel fundamental sobre o genocídio do negro no Brasil;  
Considerando a luta das mulheres negras, mães, esposas, companheiras, irmãs, filhas, que vivem situações de violência, que tem enterrado seus entes queridos e reconhecidos corpos no Instituto Médico legal ( IML), que tem sido criminalizadas pelo simples vínculo afetivo que tenha pelos homens negros cassados pelos poderes de justiça do pais. Essas mulheres reais, fazem um chamado agora
Sairemos as ruas por nossas vidas, para apresentar outro projeto de segurança pública que não seja racista e genocida.
Frente ao genocídio do povo negro nenhum passo atrás!


The March against the Genocide of Black People
August 22, 2013
in Largo dos Aflitos, Salvador
at 3:00 PM (15h)

We, black people of Bahia, organized in various associations, entities, political and relgious groups, from various regions across the state and many Brazilian cities and also strengthened by international representatives, we--men, women, youth, children and seniors--take to the street in a march against the genocide of black people.

Considering our poverty and exclusion is the result of centuries of inequality and structural racism, which label us as thugs and criminals, to be slaughtered;

Considering the high homicide rates, summary and extrajudicial executions, police brutality, and death squads operating against us black men and women;

Considering the mass incarceration of black men and women, disrespect to women's bodies in bothersome magazines, the negligence in access to justice;

Considering the militarization of urban land, where black people live, which has promised to bringing public services, has instead brought terror, control, and an approach that makes us look like internal enemies of the Brazilian state, making us feel like foreigners in our own country.

Considering the design of public security of the State, The Covenant for Life (O pacto pela vida) does  not consider us human;

Considering that communication is linked to humanitarian values and principles and police television programs exploit our misfortune and reinforce racist stereotypes about black men and women, justifying our extermination everyday, which has a key role in the genocide of blacks in Brazil;

Considering the struggle of black women, mothers, wives, partners, sisters, daughters, who live in situations of violence, who have buried their loved ones and had to view bodies of loved ones in the Legal Medical Institute (the Coroner's office), who too are  criminalized because of the emotional link they have for black men, disenfranchised by the powers of justice in the country. These real women, make a call now.

We go to the streets for our lives, to present another public security project that is not racist nor genocidal.

Nós, povo negro baiano, organizados em várias agremiações, organizações, entidades e grupos políticos e religiosos, vindos de várias regiões do estado e de muitas cidades brasileiras, e, ainda, fortalecidos por representações internacionais, nós, homens, mulheres, jovens, crianças e idosos, vamos tomar a rua numa marcha contra o genocídio do povo n

egro.
Considerando que nossa situação de pobreza e exclusão é resultado de séculos de desigualdades e do racismo estrutural, que nos etiqueta como bandidos e criminosos a serem abatidos;
Considerando as altas taxas de homicídios, execuções sumárias e extrajudiciais e a brutalidade policial, além dos grupos de extermínio que atuam contra nós negros e negras;
Considerando o encarceramento em massa dos negros e negras, os desrespeitos ao corpo das mulheres nas revistas vexatórias, o descaso no acesso a justiça;
Considerando que a militarização do espaço territorial urbano onde vive as pessoas negras, com a promessa de se levar serviços públicos, tem levado o terror, o controle, numa abordagem que nos faz parecer inimigos internos do Estado brasileiro, nos fazendo sentir estrangeiros em nosso próprio país. Considerando o projeto de segurança publica do Estado, O Pacto Pela Vida que não nos considera humanos;
Considerando que a comunicação está atrelada a princípios e valores humanitários e os programas televisivos de cunho policial expõe nossa desgraça e reforça estereótipos racistas sobre negros e negras, justificando nosso extermínio cotidiano e tem um papel fundamental sobre o genocídio do negro no Brasil;
Considerando a luta das mulheres negras, mães, esposas, companheiras, irmãs, filhas, que vivem situações de violência, que tem enterrado seus entes queridos e reconhecidos corpos no Instituto Médico legal ( IML), que tem sido criminalizadas pelo simples vínculo afetivo que tenha pelos homens negros cassados pelos poderes de justiça do pais. Essas mulheres reais, fazem um chamado agora
Sairemos as ruas por nossas vidas, para apresentar outro projeto de segurança pública que não seja racista e genocida.
Frente ao genocídio do povo negro nenhum passo atrás!


The March against the Genocide of Black People
August 22, 2013
in Largo dos Aflitos, Salvador
at 3:00 PM (15h)

We, black people of Bahia, organized in various associations, entities, political and relgious groups, from various regions across the state and many Brazilian cities and also strengthened by international representatives, we--men, women, youth, children and seniors--take to the street in a march against the genocide of black people.

Considering our poverty and exclusion is the result of centuries of inequality and structural racism, which label us as thugs and criminals, to be slaughtered;

Considering the high homicide rates, summary and extrajudicial executions, police brutality, and death squads operating against us black men and women;

Considering the mass incarceration of black men and women, disrespect to women's bodies in bothersome magazines, the negligence in access to justice;

Considering the militarization of urban land, where black people live, which has promised to bringing public services, has instead brought terror, control, and an approach that makes us look like internal enemies of the Brazilian state, making us feel like foreigners in our own country.

Considering the design of public security of the State, The Covenant for Life (O pacto pela vida) does not consider us human;

Considering that communication is linked to humanitarian values and principles and police television programs exploit our misfortune and reinforce racist stereotypes about black men and women, justifying our extermination everyday, which has a key role in the genocide of blacks in Brazil;

Considering the struggle of black women, mothers, wives, partners, sisters, daughters, who live in situations of violence, who have buried their loved ones and had to view bodies of loved ones in the Legal Medical Institute (the Coroner's office), who too are criminalized because of the emotional link they have for black men, disenfranchised by the powers of justice in the country. These real women, make a call now.

We go to the streets for our lives, to present another public security project that is not racist nor genocidal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário